Livro: Planejamento:
Como Prática Educativa (Danilo Gandin)
Idealizado por: Bruna Jesus, Maiara Duarte, Natália Pinheiro e Renata Melo da Costa.
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PRINCIPAIS CUIDADOS NA ELABORAÇÃO DE PLANOS
Na etapa do diagnóstico, confronta-se a realidade existente
com o ideal traçado da escola desejada (marco referencial). O resultado dessa
comparação deve ser o mais claro possível, de modo que aponte as necessidades
fundamentais da escola.
O diagnóstico começa por traçar o retrato da realidade a partir
do levantamento das forças e fraquezas da escola, dos potenciais e dificuldades
existentes. Em seguida, confronta esta realidade com a que se deseja. Para tal,
devem ser problematizados diferentes aspectos do trabalho escolar, ou seja,
identificadas as dificuldades e entendidas as suas causas e mecanismos. Parte-se,
então para delinear os desafios que terão de ser superados para se atingir a
escola desejada pela comunidade escolar.
Quanto maior a consistência entre a problematização e as ações
planejadas, melhor e mais útil será o diagnóstico. Se essa etapa for conduzida
pelo grupo de maneira competente, estará preparado campo seguro para se traçar
uma boa programação.
Segundo Gandin, é
essencial que seja criado uma pequena equipe para elaboração de planos, essa
pequena equipe - não de planejadores, mas de coordenadores terá como funções:
a) conhecer a teoria de planejamento;
b) ter claro um modelo de plano e um modelo de metodologia de
planejamento;
c) ser capaz de: explicar estes modelos; não tomar posições que inibam
os participantes; sentir o momento de propor cada etapa ou cada atividade do
processo;
d) redigir, em última forma, sempre respeitando o pensamento do grupo.
Esta equipe deve
fazer deslanchar o processo de planejamento, tendo em vista que não visa à
manipulação, mas busca sair do espontaneísmo de deixar as coisas ficarem como
estão. Reuniões novas podem ser criadas, mais é importante utilizar as reuniões
já estabelecidas como ocasiões para serem o suporte de tempo necessário à
implantação de um processo de planejamento.
O fundamento desta
parte do livro é colocar as pessoas como grupo a decidir seus rumos, sob uma
coordenação, num processo em que cada estágio que se alcance seja assumido como
algo que mereça o esforço de todos e, ao mesmo tempo, seja considerado
provisório, devendo, por isso mesmo, ser ultrapassado por estágios superiores.
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A BUSCA DO MOMENTO OPORTUNO.
É necessário deixar bem claro a proposta de implantar um processo
cooperativo de planejamento e para isso existem três variáveis que devem ser
observadas.
a)
Motivação para mudança.
b)
Capacitação para o planejamento e
domínio dos pontos básicos do modelo de plano adotado.
c)
Competência profissional.
É imprescindível que
se tenha uma visão ampla das características globais do grupo para decidir os
primeiros passos da ação. Descobrir em que aspecto o grupo está forte é
fundamental para fazer disso a base do trabalho e proporcionar aperfeiçoamento
nos outros aspectos. O próprio desenvolver-se do processo é o melhor método
para o crescimento continuo do grupo como um todo e de cada um de seus membros
em particular.
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MODELO DE PLANO E DE RELACIONAMENTO ENTRE PLANOS
As
instituições educacionais cada vez mais percebem a necessidade e as vantagens
de se planejar e administrar estrategicamente, no qual muitas vezes, reflete na
sobrevivência da própria instituição. É imprescindível que em toda instituição
exista, bem claro, um modelo de plano, a equipe gestora tem autonomia para
atender as especificidades regionais e locais, assim como as diversas
clientelas e necessidades para o desenvolvimento de uma aprendizagem de
qualidade, sem mudar o objetivo central, apenas adaptando-o para melhor atender
as necessidades É de suma importância que a equipe gestora esteja sempre atenta
ao conteúdo do plano, o que a possibilita ter um olhar mais globalizado da
administração da instituição.
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EXPERIÊNCIA DE APLICAÇÃO I
- Uma metodologia que
ajude as pessoas dentro das instituições a se organizarem e a decidirem com
mais clareza, consciência e coerência.
- Valorizar a participação
dentro do planejamento.
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EXPERIÊNCIA DE APLICAÇÃO II
- Cada escola tem uma
realidade e cada realidade sugere
tarefas diferentes.
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MODELO DE PLANO
É
apresentado um modelo de plano global a médio prazo (três anos) completado com
planos de curto prazo com a finalidade de:
a)
Permitir o estudo da estrutura global
b)
Ressaltar a importância das idéias globalizantes e das opções.
c)
Fazer notar a coerência entre as partes.
MARCO REFERENCIAL
A função
maior do Marco Referencial é a de tensionar a realidade no
sentido da sua superação/transformação e, em termos metodológicos, fornecer
parâmetros, critérios para a realização do diagnóstico e está organizado da seguinte forma:
a) O Marco Situacional (onde estamos, como vemos a
realidade)
b) O Marco Doutrinal ou Filosófico (para onde queremos
ir)
c) O Marco Operativo (que horizonte queremos para nossa ação)
DIAGNÓSTICO



PROGRAMAÇÃO
É a
proposta de ação feita para satisfazer as necessidades identificadas no
diagnóstico, ou melhor, para diminuir a distância entre a realidade da escola
desejada e a realidade existente. Usualmente, esta etapa é também chamada de
implementação ou de execução.
REFERÊNCIA
GANDIN,Danilo.O
planejamento como prática educativa. São Paulo: Loyola, 1997.
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