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Resumo

LivroPlanejamento: Como Prática Educativa (Danilo Gandin)
Idealizado por: Ana Lucia, Everton, Maura, Mayara Helena, Ruth, Yasmin


“A experiência não vem de se ter vivido muito, mas de se ter refletido intensamente sobre o que se fez e sobre as coisas que aconteceram.” (Danilo Goldin)

É notório o fato de o planejamento ser uma necessidade constante em todas as áreas da atividade humana. Cada vez mais, a atitude de planejar ganha importância e torna-se mais necessária principalmente nas sociedades complexas do ponto de vista organizacional. Hoje em dia, fala-se muito do ato de planejar e de sua importância. Mas, afinal, o que é planejamento? Planejar é analisar uma dada realidade, refletindo sobre as condições existentes, e traçar estratégias de ação para superar as dificuldades e alcançar os objetivos desejados. Portanto, o Planejamento é um processo mental que envolve análise, reflexão e previsão. Nesse sentido, planejar é uma atividade tipicamente humana e está presente na vida de todos os indivíduos, nos mais variados momentos.

O DIAGNÓSTICO
Questões fundamentais que devem ser respondidas num diagnóstico: a) A que distância estamos do tipo de ser, do tipo de organização, do tipo de metodologia e do tipo de ação que nos propusemos no marco operativo? b) Com que contamos para diminuí-la? c) Como são, que esperam, que pensam os membros do grupo (da instituição) em relação aos temas do marco referencial? D) Quais são as causas dos problemas existentes?

A PESQUISA
o    A pesquisa é avaliativa: tem a função de conseguir os dados com os quais se possa fazer uma descrição da realidade.
o    Os seguintes passos não poderão faltar numa pesquisa: a) definição da pesquisa; b) elaboração de instrumento(s); c) aplicação do(s) instrumento(s) – coleta de dados; d) tabulação de dados; e) leitura dos dadosDESCRIÇÃO DA REALIDADE.

O JUÍZO
o    É importante que o juízo sobre a realidade seja executado pelos que participam da instituição.
o    Trata-se basicamente de responder às seguintes questões anteriormente formuladas: a) a que distância estamos do tipo de ser, de organização, de metodologia e ação que nos propusemos no marco operativo? b) Que características tem essa distância? c) Que fatores influem para aumentar essa distância? d) Com que conta a instituição para diminuir essa distância? e) Quais são as causas dos problemas existentes?

PROGRAMAÇÃO
·         Programação é a proposta de ação para aproximar a realidade existente à realidade desejada.
·         Deve haver muita clareza. Para isso, deve haver um bom marco referencial e um bom diagnóstico.
·         A programação tem duas dimensões: a dos objetivos e a das políticas.

PASSAGEM DO PLANO GLOBAL DE MÉDIO PRAZO AOS OUTROS PLANOS
·         É mais importante o processo de planejamento do que os planos. Os planos consolidam o processo de planejamento e dão aos que dele participam a oportunidade do esclarecimento e da precisão.
·         Plano global de médio prazovigência de três a seis anos de duração.


PROJETOS E ROTINAS
·         Projeto é uma ação desencadeada dentro de um período de tempo determinado, geralmente para criar algo que não existia antes.
·         Rotina é um conjunto de ações que se repetem continuamente, cuja duração é indefinida dentro da instituição.

PLANOS E PROCESSOS DE PLANEJAMENTO
·         A elaboração de planos é muito importante num processo de planejamento. Planos são escritos para tornar mais eficiente e mais eficaz nossa ação e, sobretudo, para dar consistência a um processo de planejamento, alcançando, como resultado adicional, ser processo educativo.

PRINCIPAIS CUIDADOS NA ELABORAÇÃO DE PLANOS
·         Para a coordenação de planejamentos, é essencial uma pequena equipe. Essa pequena equipenão de planejadores, mas de coordenadores – terá como funções:
o    Conhecer a teoria de planejamento;
o    Ter claro um modelo de plano e um modelo de metodologia de planejamento;
o    Ser capaz de: explicar estes modelos; não tomar posições que inibam os participantes; sentir o momento de propor cada etapa ou cada atividade do processo;
o    Redigir, em última forma, sempre respeitando o pensamento do grupo.

A BUSCA DO MOMENTO OPORTUNO
·         Será oportuno que a equipe diretiva da instituição constitua uma equipe que deixe bem clara a proposta de implantar um processo cooperativo de planejamento.
·         Três variáveis devem ser observadas no que se refere às características do grupo principal da instituição (no caso de escola, o corpo docente e o corpo administrativo):
a) motivação para a mudança;
b) capacitação para o planejamento, incluindo conhecimento dos esquemas mais amplos da metodologia de implantação de um processo e, sobretudo, domínio dos pontos básicos do modelo de plano adotado;
c) competência profissional.
·         Nunca se parte do zero. A história, “a filosofia”, mesmo implícita, e as características atuais da ação do grupo são, sempre, o ponto de partida.

MODELO DE PLANO E DE RELACIONAMENTO ENTRE PLANOS
·         O importante é que cada instituição vá firmando seu modelo de planejamento.
·         Há a possibilidade de a equipe coordenadora de planejamento ir organizando o seu próprio modelo.
·         Ideal a ser perseguido: ter clareza cada vez maior a respeito de cada plano em particular e da relação que eles devem guardar entre si.

EXPERIÊNCIAS DE APLICAÇÃO I / EXPERIÊNCIAS DE APLICAÇÃO II

EXEMPLO DE PLANO

A DIRETIVIDADE DA COORDENAÇÃO
·         Entre as linhas orientadoras do planejamento, a participação ocupa destacado papel: é um meio para a eficiência e para a eficácia e é um fim a ser buscado na organização das instituições e da sociedade em geral.

DISTINÇÃO IMPORTANTE: MARCO REFERENCIAL E PROGRAMAÇÃO
·         O planejamento é o conjunto de técnicas para dar aos grupos e às instituições:
o    A) a visão global da realidade e da ação do grupo, inserindo-a num todo mais amplo, buscando fins reais e significativos;
o    B) a adequada firmeza, clareza e precisão nas ações concretas do dia-a-dia.


Referência

GANDIN, Danilo. Planejamento como prática educativa. 16° Ed. São Paulo: Loyola, 2007. pags. 31-90.

Resumo

Livro: Planejamento: Escola, culturas e diferenças: experiências e desafios na educação básica (Cristiane Gomes de Oliveira, Luiz Fernandes de Ferraz e Maria Cláudia de Oliveira Reis)
Idealizado por: Eunice Maria, Gabriella Duarte, Jéssica Vasconcelos, Jullen Monteiro e Rosangela Rocha

Escola e identidades culturais na educação básica
“Aqui nessa escola não se faz oração, não, professora?”
A perspectiva cultural da religião e da diferença no currículo.
Cristiane Gomes e Rita de Cássia Frangella.

Este texto descreve como é tratada a discussão a respeito da religião no cotidiano escolar do ensino fundamental. O artigo não discute se deve ou não o ensino religioso compor o currículo escolar, no entanto, argumenta como é a problemática de crianças que discutem a respeito da religião, e estas crianças são de diversas idades e séries escolares.
Apesar da temática da religião estar presente no cotidiano escolar, são discutidas estratégias que abre diálogos entre professor e aluno. Verdadeiramente o texto nos remete a entender os direitos à diferença, não implicando na negação, mas no desafio da relação entre todos. Aponta para interação verbal, ou seja, para a realidade fundamental da língua.
Percebe-se uma arena de luta para desenvolver com as crianças seus raciocínios no que diz respeito à realidade interior dos significados de diferentes religiões e doutrinas. Como sempre, temos como dialogo do centro das atenções, a África, para cuja finalidade nos faz mergulhar para sua cultura e religião, que sabemos, veio dos escravos com suas biodiversidades, refletindo aspectos positivos nas diferenças e nos costumes.
As autoras Gomes e Frangella discutem como a visão exótica e o sincretismo pode apontar para problemas de uma visão da África daqui e de lá. Busca expor informações não isoladas sobre a raça, gênero, sexo e religião, e por outro lado anuncia as diferenças de lugares e formação.
Quando a religião transforma-se em discussão, é porque trouxe à tona as diferenças de identidades de judeus e palestinos, ocidente e oriente, mulçumanos e hindus, então começa a rivalidade em nome do “Pai”, e o “Pai” se sujeita aos diversos nome que Ele tem. Contudo, o texto revela que no dia 11 de setembro viu-se a guerra de terror trazendo posições culturais à religião, existindo reformulações no campo religioso, e como o ser humano é tolerante ou intolerante no espaço para grupos e identidades de diversas religiões. Isso reflete a pluralidade e pluralismo que nos indicam nos dias de hoje muitos brasis num só Brasil.
Voltando ao cotidiano escolar, vemos o confronto do conhecimento, do diferente e da necessidade que uma criança antes de ser ingressa na escola, consente em dar sentido a sua trajetória, e mesmo assim, não sai do seu universo, mas permite que a escola a ela se acrescente. Ao notar as perguntas que os professores fazem de animais que já não estão em nosso meio, as respostas das crianças se faz rapidamente assim: Foi Deus, ou Papai do Céu, ou foi Jesus!
Assim o texto não enfatiza somente a religião, mas também atitudes das crianças, quando outros alunos dizem que Deus não existe, surgindo reações infantis de levar às mãos a boca, como se fosse algo pecaminoso. Mas sabemos que não há erros, somente famílias que pensam diferentes e isto deveram respeitar, ou mesmo quando há observação de crianças que perguntam por que não se ora antes do lanche escolar.
Levando-se em conta o que foi observado, passamos a entender a pluralidade, o pluralismo, religiões e culturas como sendo o limiar da ambivalência nas dimensões pedagógicas, pois estabelece diversas redes de conhecimento, provocando discussões que realizam a expressão viva e o fascínio das crianças à respeito do todo.

“Minha professora pede para eu ensinar jongo para ela.”                                                                                                                  Processos indentitários e a mediação cultural.
Claudia Cristina dos Santos Andrade, Marcos Vinícius Bezerra Carvalho e Renato de Alcântara

No primeiro tópico os autores trazem três cenas ocorridas em cenários diferentes com elementos comuns. Ambas acontecem em torno de uma roda de jongo. Eles iniciam o capítulo pelas cenas com o objetivo de partilhar a vivência e principalmente refletir sobre a identificação e o papel das mediações.
No tópico 2, “O jongo entre a tradição e a reinvenção , trata do contexto histórico da prática do jongo. Que consiste numa dança marcada pelo toque do tambor onde homens e mulheres pisam com o pé direito acompanhando o ritmo com o corpo. É uma manifestação que transita entre os campos do sagrado e o profano, oriunda dos povos bantu.  Os principais elementos do jongo são: o terreiro, a fogueira, o tambor, o canto e a dança.
            Os pontos ou jongos narram a trajetória e os processos de reconstrução identitária dos afrodescendentes. Relatando momentos importantes da história das comunidades, como o tempo do cativeiro, a abolição da escravatura e as diferenças nas relações sociais.
            No terceiro tópico “Processos indentitários e mediação cultural (Reconhecimento e Empoderamento), os autores tratam da importância de se oferecer a criança o acesso  à diversidade  de leituras e a uma vivência das manifestações culturais o que possibilita uma disponibilidade do olhar para o novo, alimentando a curiosidade e a criticidade.
            Os autores conheceram o Centro cultural Jongo da Serrinha, que desenvolve um trabalho com crianças, a partir da prática do jongo, narrando costumes ancestrais e marcas identitárias. A ONG Jongo da Serrinha que pertence ao Centro Cultural, conta com uma escola que atende a aproximadamente cem crianças oferecendo aulas gratuitas de canto, percussão, jongo, dança afro, capoeira, cultura popular, teatro, artes plásticas e circo.
            Através desse movimento ocorre um resgate da narrativa jongueira, acrescentando ao ritual a vivência de uma escola. Os autores percebem nas falas das crianças o reconhecimento da tradição como marca identitária, o que contribui para um processo de empoderamento, palavra que surge através de Paulo Freire. Para o autor o empoderamento ocorre quando o individuo ou grupo, realiza por si mesmo, as ações que o lavam a evoluir e fortalecer.
            Assim sendo essa criança assume sua identidade e manifesta essa ação de empoderamento, assumindo sua condição e afirmando-a perante os outros. Não se escondendo entre os processos de assujeitamento, que segundo Foucault representa o processo típico das relações de poder.
(...) Se a palavra é/tem sido usada para apagar a história de muitos e negar-lhes pertencimento é possível usá-la também para narrar as muitas histórias de processos identitários, de alianças, de práticas.  
(Passos e Carvalho, 2009).

“Preto pra não dizer negro, que é esquisito.”
Polifonia racista e construção de identidades de adolescentes pobres no Rio de Janeiro
Claudia Hernandez Barreiros e Jonê Carla Baião

Em uma época onde vários casos de racismo foram expostos na mídia, o texto aborda um caso de preconceito racial entre alunos em uma escola municipal do Rio de Janeiro. Diferente do que muitos pensam que a miscigenação poderia contribuir para o fim de qualquer tipo de preconceito, a miscigenação contribui para criar e fortalecer o “mito da democracia racial”, pois no fundo, há uma raça considerada “normal” pela sociedade e o que sai dessa normalidade sofre.
            O artigo é também uma pesquisa realizada por um grupo de pesquisas do CAp/UERJ com a colaboração de vários professores, sendo um desses a professora que esteve presente no relato dos alunos do bairro da Tijuca-RJ. A professora que se declara negra (do ponto de vista étnico-racial), presenciou o relato de um aluno que contava que sua amiga de classe (que se declara negra do ponto de vista étnico-racial) queria lançar uma cadeira em seu amigo (do ponto de vista étnico-racial considera-se mulato) que classe que classificou seu cabelo como “um cabelo que não voa na garupa da moto”.
            Com base nessa discussão, a professora de Língua Portuguesa pediu que os alunos escrevesse um texto em que declarasse sua cor de pele e como desejaria que fosse seu/sua futuro (a) namorado (a). O que pode ser analisado foi à intenção de “embranquecimento” das futuras gerações. A maioria dos meninos que se diziam negros ou mulatos, disseram que sua intenção era casar com brancas para ter filhas com cabelos que “voam”, já as meninas, algumas ainda acreditam no romantismo, onde a cor de pela não significa nada e outras, assim como os meninos, disseram que queriam casar com brancos pelo mesmo motivo dos meninos.
            O texto discute diversas ideologias que são vistas desde o início da escravidão e que ainda hoje vemos como afrontas ou até mesmo brincadeiras. Uma coisa é certa, a última coisa que devemos fazer é fugir do debate ou esquecê-lo, tal discussão dura séculos e ainda está longe de ter um fim.

Palavras são pedaços de vida!
Quais palavras temos permitido entrar na escola?
Margarida dos Santos

“Tia Margarida, eu gosto de fazer palhaçada na sala de para todo mundo ri. Os garotos lá da sala precisam ri, Eu quero fazer um jornal de palhaçada para todo mundo da escola ficar rindo!” (SANTOS, 2011)
Denner um dos alunos do projeto Lendo e Escrevendo, tem 12 anos e carrega a de retenção a 3º série 3 anos. Denner era um aluno que costumava a quebrar o clima na sala de aula dizendo palavras inoportunas, descrevendo atos sexuais, contado piadas e fazia com que todos rissem mesmo que seus colegas tentassem segurar o riso em respeito à professora.
            Ele construía seu repertório através das conversas dos mais velhos, do que via em programas de tv (Casseta e Planeta), desenhos animados (A vaca e o frango) e programa de rádio de humor policial, esse foi o meio que encontrou para enfrentar uma vida de negação e sentida, dentro e fora da escola.
            Smolka diz que ao dizer que a escola tem ensinado as crianças a escrever, mas não a dizer –e sim, repetir – palavras e frases pela escritura; não convém que elas digam o que pensam, que elas escrevam o que dizem, que elas escrevam como dizem (porque o “como dizem” revela as diferença”).
            A professora passou um trabalho em sala de aula que tinha a “DESCREVA SUA CASA E RUA EM QUE VOCÊ MORA”
            Quais saberes estão presentes no texto do aluno? Como lidar com toda esta diversidade de saberes presente em seu texto? E ela diz que muito desse saberes vem da interação com outros sujeitos mais experiente e que muitos desses saberes vêm da escola.
            O texto foi deixado por ele amassado na sala do projeto Lendo e Escrevendo, para que a professora pudesse ler Figura 3. A professora diz que tem que aproveitar o uso que ele já conseguia fazer da linguagem escrita e também ampliar a capacidade existente.
            Muitos desses alunos são considerados analfabetos e incapazes de aprender, são considerados assim porque fazem uso de seus conhecimentos ou os revelam de formas e em condições muito diferentes daquelas esperadas ou idealizadas por nós na escola.
            Relate o que você mais gostou de fazer e o que menos gostou de fazer nesse ano na escola.
            Denner diz, o que eu mais gostei foi das provas, dos testes e revisões e festas e do passeio da exposição do Pelé e dos filmes e da sala de artes e leitura e informática e educação física e o recreio. Eu espero passar para a 4ª série e nunca mais repetir ano e espero ser o C.D.F da 4ª série em diante e quero ser perdoado pela maldades e travessuras e parar de implicar com os outros.
            Ela pode perceber que Denner começava a usar a escrita a seu favor, no âmbito escolar. O projeto Lendo e Escrevendo tem fortalecido a prática de convidar os meninos e meninas a pensarem sobre a situação de fracasso escolar a que têm sido submetidos, cotidianamente, de modo que possam perceber possibilidades de superação.

Reflexões sobre práticas avaliativas e o jubilamento como dispositivo excludente no Colégio de Aplicação da UERJ

Adriana da Silva Tomaz, Claudia Cristina dos Santos Andrade, Cristina Maria Clemente Ribeiro, Marliza Bode de Moraes e Mônica Regina Ferreira Lins

“Jubilação pode representar um momento de grande alegria, de um tempo usado em sua plenitude, ou representar o desligamento de alguém por ter exercido o seu tempo dentro de uma determinada instituição. Na igreja a jubilação representa a perda do ofício eclesiástico por limite de idade ou renúncia, porém, os religiosos podem receber o título de emérito, ter acento e voz ativa em concílios ou fóruns institucionais. Vários países realizam belíssimas cerimônias de jubilação de professores que tornam docentes eméritos, que chegam ao ápice de suas carreiras porque oferecem tempo de vida para sua profissão. Um juiz de Direito pode, até mesmo, renunciar à jubilação, se assim desejar e considerar estar em plenas condições de exercício.
Já os alunos de nossa escola, quando ainda não compreendem plenamente o ato de renunciar, são afastados se ficarem reprovados por duas vezes na mesma série. O nosso tempo de espera: dois anos.”
            As autoras trazem diversas reflexões sobre o jubilamento de crianças nos primeiros anos do Ensino Fundamental no CAP UERJ. São levantados questionamentos sobre democracia, avaliação e direito dos alunos, já que, ao serem jubilados os alunos perdem o direito de permanência na escola. Além disso, esse sistema de seleção e exclusão tem sua lógica baseada no capitalismo, aonde somente os “sobreviventes” chegam a completar a primeira etapa do Ensino Fundamental.

Referência
OLIVEIRA, Cristiane Gomes de. OLIVEIRA, Luiz Fernandes de. FERRAZ, Maria Cláudia de Oliveira Reis. Escola, culturas e diferenças: experiências e desafios na educação básica. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2011, p 111-210.

Resumo

Livro: Planejamento: Como Prática Educativa (Danilo Gandin)

Idealizado porAndeia Ferreira de Deus, Juliana Nascimento da Silva, Mariana Pereira Primo, Marina Neres da Silva Motta e Taíres Andrade de Menezes 



1-    Por que não gostamos de planos?

Ao pensarmos em planejamento, lembramos que este fica arquivado em algum local da instituição, ou seja, sabemos que existe a atividade de planejar, porém não há execução do plano. Sendo assim, questionamos o por que os planos teriam chegado a tal descrédito? Pois, eles não têm servido para nada e porque, como atividade lúdica, eles são quase sem graça.

A ineficácia dos planos é consequência de alguns fatores, o primeiro é a existência do “planejador” que limita a execução do plano, pois se há “planejadores” há “executores” e também “avaliadores”. Dessa forma, algumas pessoas apontam a direção para todo o grupo, que quando tem consciência critica, não aceita tal situação e outro que tem consciência ingênua, é levado pela força e assim torna-se difícil organizar a ação sem ferir a liberdade dos participantes do grupo.

O segundo, compreende-se o fato que devemos ter a consciência que o planejamento inclui a execução e não é somente uma “fabricação de planos” ou “uma reunião de ideias”.  Destaca-se também a falta de capacitação técnica das pessoas que “planejam” ou fazem parte da coordenação da elaboração de planos.

2- Para que planejar? 

Quando pensamos em planejamento automaticamente pensamos em eficiência, uma execução perfeita na realização da tarefa. Quando alcançamos o que se pretende com perfeição, sabemos que tivemos eficiência, como por exemplo, a telefonista é eficiente quando atende a todos os chamados e faz a tempo todas as ligações. 

O planejamento ajudará que seja bem feito aquilo que se faz dentro dos limites previstos para aquela execução. Mas esta não é a mais importante finalidade do planejamento, ele visa também à eficácia onde façamos as coisas que realmente importa fazer, porque são socialmente desejáveis.

A eficácia é atingida quando se escolhem entre muitas ações possíveis aquelas que executadas levam à consecução de um fim previamente estabelecido e condizente com aquilo em que se crê.  

3 – Diagnóstico

 Quando falamos em diagnostico, pensamos logo em análise, porém só podemos analisar algo se pudermos encontrar o que estamos analisando. Por esta razão quando dizemos que estamos fazendo um diagnostico temos que saber o que estamos diagnosticando, para que estamos diagnosticando, e por que diagnosticar. Isto nos leva a pensar que iremos analisar o problema de aprendizagem durante o diagnostico psicopedagógico. Quando pensamos em problemas de aprendizagem imaginamos as varias faces que podem compor este problemas: Qual a ordem do problema? Família? Da escola? Do sujeito? Da sociedade? De todos esses fatores associados.

Para que se possa compreender qual o tipo de problema existente é necessário que o psicopedagogo esteja atento buscando todas as pistas possíveis. 

Existe uma relação dialética ao mesmo tempo em que vai se compreendendo como o sujeito aprende, vai se modificando o jeito deste sujeito aprender, mas estamos falando de diagnostico ou de intervenção? Estamos falando de diagnostico interventivo, não é possível fazer um diagnóstico ficando neutro, acreditando que nada daquilo está tendo significado para o educando

4 – Descrever é melhor

No que diz respeito ao planejamento, definir é restrito, mínimo, enquanto descrever amplia e motiva. Para desenvolver um planejamento é necessário que constantemente alguns questionamentos sejam feitos, visto que as metodologias são reflexos sociais de diferentes grupos. A realização desse trabalho reflexivo é um processo educativo essencial, além de trazer eficiência ao mesmo.

▪ O que queremos alcançar?
Trata-se da posição que o fazer pedagógico assume tanto politicamente quanto educacionalmente, no sentido das características da instituição e da formação que ela pretende oferecer a sociedade.

▪ A que distância estamos daquilo que queremos alcançar?
Corresponde ao julgamento da realidade apresentada, a fim de comparar com os ideais que a instituição busca.

▪ O que faremos para diminuir essa distância?
É a ação concreta, aquilo que se vai realizar em busca dos ideais estabelecidos, em período pré-determinado.

5- O modelo de plano

Após a exposição dos capítulos anteriores, é chegado então a um modelo de plano. Este modelo é dividido em três partes:

1.MARCO REFERÊNCIAL (Subdividido em três aspectos)

A) Marco situacional
B) Marco doutrinal
C) Marco Operativo

2.DIAGNÓSTICO

3.PROGRAMAÇÃO

Ainda que algumas ações desprovidas de plano se tornem possíveis, o plano é importante para a resolução de convergência durante a execução. A funcionalidade do plano também é questionada perante às problemáticas a qual ele resiste. O bom plano não é afetado na sua essência, mas é perfeitamente cabível alterações, variações e acréscimos no andamento da sua execução. 

REFERÊNCIA
GANDIN,Danilo.O planejamento como prática educativa. São Paulo: Loyola, 1997.  
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